CERES - exposição dos 5 anos POUSIO
Exposição colectiva com | Collective exhibition with:
Ana Ventura, Auréline Caltagirone, Daniela Viçoso, Diogo MM Nunes, Fábio Araújo, Filipa Santos, Francisco Almeida, Francisco Duarte Coelho, Inês Garcias, Joana Aparício Tejo, João Massano, João Motta Guedes, José Sottomayor, Lígia Fernandes, Luísa Ramires, Mariana Malheiro, Maria Luísa Capela, Maria Rebela, Maria Pato, Marta Inês, Martîm, MOM, Mónica Coelho, Pedro Inock, Rafael Raposo Pires, Rafaela Silva, Romano Saraiva, Sebastião Cavaco, Tiago Rocha e Costa, Tito Chambino e Xavier Tourais
curadoria de | curated by : Ana Begonha e Patrícia Lima
Se uma exposição pudesse ser celebração, como seria? Teria música, muita cor, luzes? E como seria o espaço dessa festa? Grande e decorado?
Esta exposição é uma celebração. No Palácio dos Arcebispos, um palácio de recreio ao gosto barroco, Ceres junta obras de 31 artistas contemporâneos que colaboraram com a Pousio - Arte e Cultura desde a sua criação para celebrar o quinto aniversário da associação.
Ao longo dos anos, a Pousio desenvolveu projectos no cruzamento entre os sectores social e cultural em comunidades isoladas, procurando oferecer um momento de pousio, isto é, de “repouso” para a criação artística. Esta exposição une o que desses encontros brotou ou, como o nome indica, mostra a “colheita” dos últimos cinco anos da Pousio. Por um lado, dá uma ideia da forma como a associação e os artistas foram desenvolvendo o seu trabalho, por outro, projecta a sua actuação futura.
Mas mais do que apresentar um produto acabado, Ceres pretende recuperar o espírito de experimentação (individual e colectivo) próprio das residências artísticas promovidas pela Pousio. No encadeamento das salas, o passo é marcado pelo carácter lúdico e de comemoração do quotidiano e parece ser transversal às obras a transparência do processo e do inacabado. Por isso, também a disposição dos objectos artísticos quis respeitar esta dança.
Uma dança que incorpora objectos e momentos do quotidiano reinventados, paisagens desconstruídas física e digitalmente ou brincadeiras e gestos aparentemente infantis, que inclusive convidam à participação. Juntas, as peças colocam em cima da mesa reflexões várias: sobre os limites entre os meios artísticos e aquilo que é real ou artificial, mas também sobre a nossa relação com o espaço.
Entre o barulho das luzes, a festa vai correndo de sala em sala, numa constante celebração da cor, na aceitação do inesperado divertimento entre aqueles que acolhe.